terça-feira, 28 de setembro de 2010

Papel de Carta da Amizade



Existe um papel de carta da amizade e todo o momento que se está com um amigo tudo o que se passa fica registrado ali. As conversas, os olhares, as conversas dos olhares, as risadas, ah as risadas... Registram-se coloridas, em letras fluorescentes.
Nele há um pano de fundo, de bolas coloridas de todas as cores vibrantes, uns tem flores, outras tem foguetes e naves, outros ainda tem bolas de futebol e games, e ainda tem os abstratos, tudo simbolizado num código próprio.
E esse papel exala um cheiro, hora de tutti frutti, hora de rosas e ainda às vezes tem cheiro de terra molhada por lágrima, nessas horas até o pano de fundo muda, é cinza e às vezes até preto.
Tem dias que as cartas são menos alegres ou ainda tristes, nestes dias as palavras são poucas, há grandes pausas, e às vezes não se diz nada, há só silêncio e companhia.
Há dias que a letra da carta é miudinha, pequena demais, são os dias de segredos, segredos já nem tão secretos, onde a confiança cresce a mil, e o desassossego vai quase a zero.
Há cartas que às vezes são transcritas em dois lugares ao mesmo tempo, os amigos estão, um lá e outro cá.
Também há aquelas que são escritas mais devagarzinhas, porque a vida de um puxa pra um lado e a do outro pro outro, mas sempre que há um tempo eles correm pra escrever mais uma linha, a carta continua a se escrita em quanto os dois se manterem com a caneta na mão, nem que seja pra escrever: Saudade.
Às vezes a caneta cai num tal de esquecimento, às vezes a mão de quem escreve dorme pra sempre, às vezes um só deixa de escrever, porque os olhos cegaram para enxergar o outro.
Pior é pensar que tem gente que nunca escreveu uma carta assim, nem uma vez só na vida.
Mas o que espero é no final ter muitas e muitas dessas em pastas floridas e ornamentadas guardadas num canto especial do coração. 

Por Renata Cruz

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma Canção




Em minha alma uma bela canção
Que há tempos eu tento expressar por palavras também
 

E me vejo num frio sem fim
Mesmo assim posso ouvir sua voz entoando outra vez


Então vou me repousar e ergo as mãos ao céu pra orar
Pra que eu seja sempre seu, pra que eu seja seu
Pois sei que o meu alento é você




Quero ouvir as cantigas dos céus
Das galáxias dançando e sorrindo alegres também


Se os meus sonhos tão longe sentir
Cante ao menos canções dos seus planos pra mim outra vez



Então vou me repousar e ergo as mãos ao céu pra orar
Pra que eu seja sempre seu, pra que eu seja seu
Pois sei que o meu alento é você



Eu dou meu destino a ti. E tudo que ha em mim
Quero sua musica cantava com todo meu ser
Com meu fôlego sim
Devolvo tudo a ti


Então vou me repousar e ergo as mãos ao céu pra orar
Pra que eu seja sempre seu, pra que eu seja seu
Pois sei que o meu alento é você

 

Only Hope (Um Amor para Recordar) 

Chris Durán

Composição: Jonathan Foreman - Switchfoot


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um dia vi Deus na chuva


Um dia vi Deus na chuva, não era um dia especial aquele, estava em meus afazeres no trabalho, não estava pensando em nada especial, apenas parei de varrer para ir ver uma chuva forte que caia, me debrucei sobre a vassoura e olhei para a chuva e de repente tive paz, tinha mais gente ali, mas não parecia, parecia ser só eu, eu e a chuva, eu e o som da chuva, e essa paz foi aumentando e aumentando, ai vi Deus na chuva, não sei como vi, não vi a imagem, mas sabia por onde Ele estava passando, sabia a largura de seus passos, sabia que Ele estava ali, andando na chuva... Simples assim, não havia mais nada acontecendo, Ele não veio me fazer uma revelação, Ele não veio me fazer promessas, Ele nem falou comigo, eu só o vi ali, e ainda o vi sem ver, só sabia o que estava acontecendo, fiquei ali o vendo passear, não sei se mais alguém o viu, mas eu vi, eu vi Deus na chuva...
Que eu possa vê-lo na chuva mais vezes... E que tenha mais encontros pessoais, onde nada além de simples presença ocorra... E que dessa vez eu possa correr para a chuva, pra ficar com Ele, sem fazer nada além de estar com Ele...

Por Renata Cruz

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gosto do carinho da minha mãe,
dos conselhos da minha irmã, 
das risadas do meu irmão e da humildade do meu pai,
Gosto dos dias claros e das madrugadas geladas com gosto de chegada
Gosto das noites de verão e da chuva de domingo à noite.
Gosto dos meus amigos, de sacadas, ideias, e da esperteza em seu melhor ângulo
Gosto de andar pensando, de tomar banho cantando, de sonhar acordada
Gosto de falar se der vontade, 
de chorar quando estou triste, 
de dormir quando com sono...
Gosto das pequenas liberdades, mas que pertencem só a mim
Gosto de piadas bobas e de rir quando não pode
Busco o melhor da vida, busco a Deus, quero com Ele e Dele aprender
Gosto que gostem de mim,
Gosto de gostar dos outros,
Gosto de lembranças
Gosto de gastar tempo com planos,
gosto de sonhos,
gosto das emoções
Tem dias que não quero nada e outros que o mundo inteiro seria pouco
Mas, tem dias que a única coisa que quero é o carinho da minha mãe,
os conselhos da minha irmã,
as risadas do meu irmão e enxergar a vida como meu pai
Com simplicidade e nada mais
Renata Cruz